Analisando os indicadores de inadimplência das famílias brasileiras de forma mais detalhada, é possível, ainda, verificar um recorde no percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso na faixa de até dez salários mínimos (30,3%) e um aumento de dívidas na parcela das famílias com rendimentos maiores que dez salários mínimos, com um índice de 12,6%, o maior percentual desde abril de 2018.
De acordo com a consultora financeira Luciana Bettero, com a flexibilização das restrições da pandemia de Covid-19, há uma crescente tendência de endividamento em famílias com maior poder aquisitivo, “que voltaram a frequentar shoppings, restaurantes, fechar planos de viagens e gastar ‘descontroladamente’”.