De acordo com levantamento realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), endividamento de famílias atingiu o índice mais alto desde 2010; especialista fala sobre a necessidade de uma maior educação financeira para a população
Para Isis Ferreira, economista da CNC responsável pelo estudo, o alto índice de desemprego, que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), atinge 12 milhões de brasileiros, e o encarecimento do crédito no Brasil são fatores que impactam de forma acentuada na dinâmica do endividamento e da inadimplência dos consumidores.
De acordo com a consultora financeira Luciana Bettero, com a flexibilização das restrições da pandemia de Covid-19, há uma crescente tendência de endividamento em famílias com maior poder aquisitivo, “que voltaram a frequentar shoppings, restaurantes, fechar planos de viagens e gastar ‘descontroladamente’”. E uma das consequências deste panorama, para ela, é que esta parcela da população “voltou a usar o cartão de crédito sem pensar no amanhã”.